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Caros, resolvi publicar em destaque o cometário feito pelo jornalista Ricardo Carvalho, que estava na reunião de ambientalistas com o ministro Minc na última sexta. Vale a pena ler, pela legitimidade do Ricardo, e pelo tom apaixonado com o qual defende as questões ambientais no Brasil.
Muita gente tem comentado que Minc foi um retrocesso depois da ministra Marina Silva. Em muitos aspectos, talvez na maioria, acho mesmo que foi. No entanto, não há como negar que ele ainda está do "lado do bem" em relação ao Código Florestal. Existem grandes interesses relacionados às questões ambientais e florestais,especialmente quando falamos de Amazônia.
Nos últimos anos o governo tem demonstrado ser esquizofrênico em reação a estes temas. Mais quando a senadora Marina era ministra, agora com as disputas claras entre Reinold Stefanes e Carlos Minc.
Não sou, e é bom deixar isso muito claro, partidário ou porta-voz do ministro Minc, mas acredita que o MMA precisa de suporte da sociedade para tentar barrar os avanços da frente ruralista. Há outros frentes, como hidrelétricas e estradas onde o MMA não tem se posicionado claramente, mas na questão do Código Florestal a coisa está degringolando.
Acho que, como jornalistas, temos de olhar para as disputas relacionadas ao Código Florestal com muito cuidado, porque uma brecha, mesmo que em liminar, significa em poucos dias milhares de tratores avançando sobre as áreas de proteção permanente, que depois não poderão ser recuperadas.
Minha avaliação neste momento é: ruim com o Minc, pior sem ele. Quem assumiria o MMA, o Mangabeira Unguer?
Ricardo Carvalho disse...
Eu estava na casa do ambientalista na sexta e fiquei impressionado com a agressividade gratuita de duas ONGs com o Minc, que é do PT. O Minc subiu nas tamancas e respondeu à altura. Algumas outras intervenções como do Eduardo Jorge (do PV) e do vereador de S. Paulo Natalino (PSDB), além do Fabio Feldmann (PV) deixaram bem claro que o momento é de união dos ambientalistas para defender a legislação ambiental brasileira contra o avanço dos ruralistas. A ameaça é da maior seriedade e é fundamental os ambientalistas, independente de partidos e posições, procurarem o que os une e sair às ruas para defender a legislação tão duramente conquistada.
Não dá parar sair às ruas? Reúna pessoas, fale nos seminários sobre o problema, mande emails de apoio, faça um abaixo assinado, pressione o seu parlamentar... Este é um movimento que está nascendo e vale muito a pena apoiá-lo.
Um comentário:
A agressividade das organizações não é gratuita, é equivalente ao cinismo do Ministro ao dizer que a manutenção das condicionantes ambientais na Medida Provisória da regularização fundiária foi uma vitória.
Para estimular que as pessoas se unam e saiam as ruas é preciso não tapar o sol com a peneira.
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