O secretário executivo do Instituto Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (ICNA), Rubens Pires, afirmou nesta segunda-feira (1-8), que os agricultores devem aproveitar o momento atual para conhecer as novas oportunidades de negócios relacionadas à agricultura sustentável. Estamos diante de um novo cenário e os agricultores brasileiros, que conciliam produção agropecuária e preservação ambiental, precisam conhecer melhor as novas alternativas de negócios , afirmou. O secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, citou, por exemplo, que os créditos de carbono obtidos pelo setor agropecuário podem ser vendidos para a indústria.
As mudanças climáticas é tema de reunião que ocorre até esta terça-feira, na sede da CNA, em Brasília. Algumas das propostas discutidas por especialistas nos dois dias de reuniões poderão ser incorporadas ao Programa de Governança Climática para uma Agricultura de Baixo Carbono (PABC), lançado pela CNA em junho. O objetivo do programa é apresentar as contribuições do setor agropecuário para a redução da emissão de carbono, ajudando a mitigar os efeitos negativos do aumento da temperatura sobre a atividade rural.
Durante sua apresentação, o professor Nuno Cunha, da Kryia Agropecuária de Baixo Carbono, afirmou que a agropecuária é o setor que tem condições de responder de forma mais rápida ao desafio de reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) que provocam o aquecimento global. "A dinâmica do setor agropecuário permite que ele se adapte de forma rápida, mas para isso é preciso ter não só tecnologia, mas também recursos", afirmou. Acrescentou que o problema da falta de recursos pode ser resolvido por meio do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Governo federal.
Listou, ainda, iniciativas que contribuem para a redução da emissão de GEEs: retenção biológica de nitrogênio, recuperação de áreas de pastagens degradadas, plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, geração de energia e de composto orgânico através do tratamento de dejetos animais, aumento da área de florestas plantadas e tratamento de dejetos de animais. O setor tem facilidade para adotar práticas que seqüestrem carbono, desde que sejam elaborados projetos, que se faça o monitoramento e que sejam seguidos protocolos de cálculos , afirmou.
Elder Zanetti, consultor do Instituto Ação Verde, apresentou ao grupo que participou da reunião outra iniciativa que pode beneficiar os produtores rurais, considerando o potencial da chamada economia verde . A economia verde tem crescido três vezes mais que a economia tradicional. As projeções indicam que em 2050 ela vai superar o PIB (Produto Interno Bruto) mundial da economia tradicional , afirmou. De acordo com ele, o mercado de bens e serviços ambientais movimentou US$ 782 bilhões em 2010, cifra que deve chegar a US$ 1 trilhão neste ano.
Citou uma série de iniciativas adotadas pelos produtores que rendem recursos extras em outros países. Nos Estados Unidos, os produtores da cidade de Cumberland recebem US$ 46 por hectare por ano por adotarem a técnica do plantio direto. Os bancos de biodiversidade também são remunerados nos Estados Unidos: são 1.047 projetos, somando US$ 2,3 bilhões. Zanetti lembrou, ainda, que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) defendeu, em 2005, um projeto que envolve créditos de biodiversidade, de carbono, energias renováveis, madeira de origem sustentada e de água.
No Brasil, afirmaram os especialistas, existem, nos Estados, iniciativas que remuneram, entre outros, a preservação da biodiversidade e da água, mas não há, no entanto, uma legislação federal para o tema. Essa indefinição pode comprometer as posições do país nas negociações em organismos multilaterais, como é o caso da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Fonte: SóNotícias
As mudanças climáticas é tema de reunião que ocorre até esta terça-feira, na sede da CNA, em Brasília. Algumas das propostas discutidas por especialistas nos dois dias de reuniões poderão ser incorporadas ao Programa de Governança Climática para uma Agricultura de Baixo Carbono (PABC), lançado pela CNA em junho. O objetivo do programa é apresentar as contribuições do setor agropecuário para a redução da emissão de carbono, ajudando a mitigar os efeitos negativos do aumento da temperatura sobre a atividade rural.
Durante sua apresentação, o professor Nuno Cunha, da Kryia Agropecuária de Baixo Carbono, afirmou que a agropecuária é o setor que tem condições de responder de forma mais rápida ao desafio de reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) que provocam o aquecimento global. "A dinâmica do setor agropecuário permite que ele se adapte de forma rápida, mas para isso é preciso ter não só tecnologia, mas também recursos", afirmou. Acrescentou que o problema da falta de recursos pode ser resolvido por meio do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Governo federal.
Listou, ainda, iniciativas que contribuem para a redução da emissão de GEEs: retenção biológica de nitrogênio, recuperação de áreas de pastagens degradadas, plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, geração de energia e de composto orgânico através do tratamento de dejetos animais, aumento da área de florestas plantadas e tratamento de dejetos de animais. O setor tem facilidade para adotar práticas que seqüestrem carbono, desde que sejam elaborados projetos, que se faça o monitoramento e que sejam seguidos protocolos de cálculos , afirmou.
Elder Zanetti, consultor do Instituto Ação Verde, apresentou ao grupo que participou da reunião outra iniciativa que pode beneficiar os produtores rurais, considerando o potencial da chamada economia verde . A economia verde tem crescido três vezes mais que a economia tradicional. As projeções indicam que em 2050 ela vai superar o PIB (Produto Interno Bruto) mundial da economia tradicional , afirmou. De acordo com ele, o mercado de bens e serviços ambientais movimentou US$ 782 bilhões em 2010, cifra que deve chegar a US$ 1 trilhão neste ano.
Citou uma série de iniciativas adotadas pelos produtores que rendem recursos extras em outros países. Nos Estados Unidos, os produtores da cidade de Cumberland recebem US$ 46 por hectare por ano por adotarem a técnica do plantio direto. Os bancos de biodiversidade também são remunerados nos Estados Unidos: são 1.047 projetos, somando US$ 2,3 bilhões. Zanetti lembrou, ainda, que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) defendeu, em 2005, um projeto que envolve créditos de biodiversidade, de carbono, energias renováveis, madeira de origem sustentada e de água.
No Brasil, afirmaram os especialistas, existem, nos Estados, iniciativas que remuneram, entre outros, a preservação da biodiversidade e da água, mas não há, no entanto, uma legislação federal para o tema. Essa indefinição pode comprometer as posições do país nas negociações em organismos multilaterais, como é o caso da Organização Mundial do Comércio (OMC).
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