Rosangela Capozoli
Para o Valor, de São Paulo
As quatro décadas que separam o sucesso do personagem Sujismundo da atual campanha lançada peloMinistério do Meio Ambiente (MMA) ilustram um salto enorme nos conceitos de lixo e de seu reaproveitamento.
Enquanto Sujismundo era um personagem que jogava lixo na rua, não tomava banho e vivia rodeado de mosquitos, a campanha "Separe o lixo e acerte na lat a" lembra a importância de separar o lixo orgânico do seco, que pode ser reciclado para evitar desperdício, e a importância desse processo para a preservação do meio ambiente.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2010, estima em R$ 8 bilhões as perdas do país com o não aproveitamento dos resíduos sólidos.
"Oficialmente, a campanha termina dia 19 de julho, mas a intenção é criar um processo contínuo de propaganda com a participação da sociedade", diz Nabil Bonduki, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA.
Para Bonduki, outra mensagem importante é sobre o papel dos catadores no processo da coleta seletiva. "O Brasil gera por dia cerca de 183 mil toneladas de resíduos. Deste total, estima-se que 30%, ou seja, 50 mil toneladas, seriam lixo seco. A coleta regular feita pelas prefeituras não deve abranger nem 2% desse total.
"Mesmo somando-se outras formas de coletas não públicas (sucateiros e catadores), estamos longe de alcançar uma porcentagem significativa no volume recic l a d o", diz o secretário.
Apenas as latas de alumínio, que têm um retorno de 98%, e as garrafas pet, com cerca de 56%, "têm níveis elevados de reciclagem, considerando o conjunto do país". E isso se deve especialmente aos catadores.
A coleta seletiva está implantada em apenas 443 municípios. Os números revelam ainda um baixíssimo índice de adesão à separação dos resíduos secos. O objetivo da campanha é fazer com que as 50 mil toneladas de resíduos secos que ainda vão parar nos lixões possam ser recicladas e que o lixo orgânico possa ser compostado, gerando energia".
A campanha publicitária faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lançada em 2010, e tem como meta "apoiar planos municipais e estaduais de resíduos, estimular e garantir recursos para poder implantar a coleta seletiva em todas cidades". A política também prevê o conceito de logística reversa, responsabilizando as empresas pela destinação correta do lixo que produzem. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a PNRS também traz o conceito de coleta seletiva solidária, por meio de catadores e suas cooperativas.
Para o secretário Nabil Bonduki, "a atual campanha é muito diferente daquela do Sujismundo, porque tem a proposta de conscientizar sobre a destinação adequada para o resíduo, o que não estava presente naquela época".
No início dos anos 1970, "a publicidade visava que as pessoas cuidassem, minimamente, de seu lixo. Agora é uma campanha mais ambiciosa, articulada a uma política de repensar o resíduo não como um problema, mas como um recurso", afirma.
As quatro décadas que separam o sucesso do personagem Sujismundo da atual campanha lançada peloMinistério do Meio Ambiente (MMA) ilustram um salto enorme nos conceitos de lixo e de seu reaproveitamento.
Enquanto Sujismundo era um personagem que jogava lixo na rua, não tomava banho e vivia rodeado de mosquitos, a campanha "Separe o lixo e acerte na lat a" lembra a importância de separar o lixo orgânico do seco, que pode ser reciclado para evitar desperdício, e a importância desse processo para a preservação do meio ambiente.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2010, estima em R$ 8 bilhões as perdas do país com o não aproveitamento dos resíduos sólidos.
"Oficialmente, a campanha termina dia 19 de julho, mas a intenção é criar um processo contínuo de propaganda com a participação da sociedade", diz Nabil Bonduki, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA.
Para Bonduki, outra mensagem importante é sobre o papel dos catadores no processo da coleta seletiva. "O Brasil gera por dia cerca de 183 mil toneladas de resíduos. Deste total, estima-se que 30%, ou seja, 50 mil toneladas, seriam lixo seco. A coleta regular feita pelas prefeituras não deve abranger nem 2% desse total.
"Mesmo somando-se outras formas de coletas não públicas (sucateiros e catadores), estamos longe de alcançar uma porcentagem significativa no volume recic l a d o", diz o secretário.
Apenas as latas de alumínio, que têm um retorno de 98%, e as garrafas pet, com cerca de 56%, "têm níveis elevados de reciclagem, considerando o conjunto do país". E isso se deve especialmente aos catadores.
A coleta seletiva está implantada em apenas 443 municípios. Os números revelam ainda um baixíssimo índice de adesão à separação dos resíduos secos. O objetivo da campanha é fazer com que as 50 mil toneladas de resíduos secos que ainda vão parar nos lixões possam ser recicladas e que o lixo orgânico possa ser compostado, gerando energia".
A campanha publicitária faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lançada em 2010, e tem como meta "apoiar planos municipais e estaduais de resíduos, estimular e garantir recursos para poder implantar a coleta seletiva em todas cidades". A política também prevê o conceito de logística reversa, responsabilizando as empresas pela destinação correta do lixo que produzem. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a PNRS também traz o conceito de coleta seletiva solidária, por meio de catadores e suas cooperativas.
Para o secretário Nabil Bonduki, "a atual campanha é muito diferente daquela do Sujismundo, porque tem a proposta de conscientizar sobre a destinação adequada para o resíduo, o que não estava presente naquela época".
No início dos anos 1970, "a publicidade visava que as pessoas cuidassem, minimamente, de seu lixo. Agora é uma campanha mais ambiciosa, articulada a uma política de repensar o resíduo não como um problema, mas como um recurso", afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário