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Dal Marcondes
Nas últimas semanas os avanços ambientais brasileiros nas últimas décadas (alguns anteriores, como o Código Florestal Brasileiro) estão sendo colocados em xeque pelo avanço da ganância de alguns sobre o patrimônio ambiental de todos e, principalmente, das futuras gerações.
Não se trata de uma simples disputa entre ministros, no já conhecido processo de “fritura” dos políticos que ocupam cargos públicos. O ministro Minc está travando um embate com as forças do agronegócio industrial dentro do próprio governo, e por mais que ele, Minc, seja considerado pelos ambientalistas como um ministro muito aquém do que o movimento ambientalista gostaria, se os ruralistas conseguirem derrubar os limites de desmatamento da Amazônia de 20% para 50% das propriedade, como está sendo proposto, e se a legalização da grilagem na Amazônia passar, e se os empreendimentos ficarem limitados a pagar apenas 0,5% de seus orçamentos para compensação ambiental, nosso descendentes terão motivos de sobra para nos chamar de “imbecis”.
O despautério chegou a tal ponto que os brados de indignação não vêm apenas dos ambientalistas. Na semana passada o jornal Valor Econômico, um dos principais expoentes da mídia econômica, publicou (reproduzido abaixo) um editorial elencando os equívocos das agressões ao Código Ambiental Brasileiro.
Nos últimos dias estive no VI Congresso Nacional de Meio Ambiente, em Poços de Caldas, onde estiveram presentes ambientalistas históricos, como o jornalista Vilmar Berna, e o jornalista (ele não se considera ambientalista) Washington Novaes, entre outros. A avaliação dos dois é de que o Minc “está de saída”. Na minha opinião não há pior momento para a troca de comendo no MMA do que este, quando o Congresso resolveu assestar baterias sobre a legislação ambiental. Para mim, neste momento, “ruim com o Minc, muito pior sem ele”.
É preciso prestar atenção ao que está acontecendo no Congresso Nacional. É preciso mostrar ao presidente Lula que o Brasil só tem este protagonismo global porque detém uma das maiores riquezas ambiental do planeta. Alguém tem de segurar as rédeas dos pit bulls da pecuária e da soja na Amazônia, no Congresso e nas ruas. (Dal Marcondes)
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