Olá pessoal, parece que agora é importante. O jornal The New York Times está formando um time de especialistas para tratar do tema Meio Ambiente!
Alguns de vocês deve se lembrar de um filme, protagonizado pelo bom e velho Henfil (o irmão do Betinho), onde só era considerado verdade o que era publicado no The New York Times.
Bom, parece que Meio Ambiente agora é verdade:
16/01/2009 - 11h01
New York Times reúne equipe de diferentes áreas para cobertura ambiental
Por Redação do Observatório da Imprensa
O New York Times lança, esta semana, uma nova unidade de cobertura ambiental que irá reunir oito jornalistas especializados das editorias de ciência, nacional, cidades, internacional e negócios. O objetivo da reorganização é dar mais energia a temas ambientais, como mudanças climáticas, poluição, espécies em extinção e diminuição dos recursos naturais.
A editora Erica Goode, no Times desde 1998, comanda a equipe. Erica foi repórter especializada em psicologia e comportamento, virou editora de saúde e passou o último ano em Bagdá cobrindo a guerra do Iraque. Os outros jornalistas recrutados para a tarefa são Andrew Revkin e Cornelia Dean, da editoria de ciência; Felicity Barringer e Leslie Kaufman, de nacional; Elisabeth Rosenthal, de internacional; Mia Navarro, de cidades; e Matthew Wald, da sucursal de Washington, que também participa de uma série do jornal sobre os desafios energéticos.
"Terei um grupo de sete repórteres totalmente focados nisto e cada um trará sua especialidade para o conjunto", diz Erica. "E temos a vantagem de ser uma equipe pequena o bastante para desenvolver um verdadeiro time colaborativo". Um dos principais objetivos da nova unidade é conseguir emplacar mais artigos interessantes sobre meio ambiente na primeira página. Para isso, será necessário mais jornalismo investigativo e a escolha de assuntos que gerem repercussão entre o público. "Meu propósito é deixá-los [os leitores] bravos o suficiente para fazerem algo a respeito", diz Glenn Kramon, editor a quem Erica deverá responder.
Ameaça
Muito do aumento da atenção sobre temas ambientais tem relação com a ameaça representada pelo aquecimento global. Nos últimos anos, tornou-se indispensável, para a mídia, abordar assuntos ligados a esta ameaça e em como ela afeta os mais diferentes campos, como tecnologia, política, saúde, economia e até a moda. Em 2008, o aumento do preço dos combustíveis se tornou tema de destaque na disputa presidencial nos EUA, e os jornalistas passaram a notar que a pauta climática é, no fundo, uma pauta energética. Esforços como o do Times pretendem fazer o público perceber que, por trás dos desafios da energia, há o comportamento humano e as decisões de como podemos gerenciar de maneira eficiente os recursos naturais.
* Informações de Curtis Brainard [Columbia Journalism Review, 13/1/09].
(Envolverde/Observatório da Imprensa)
http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=55450&edt=1
Um comentário:
De tudo o que é comentado e pensado - e o que não é - no que se refere a sustentabilidade, surpreende-me que não é aventada a possibilidade de fazer-se uso do atual estágio da tecnologia da informação e comunicação para a redução dos deslocamentos diários de ida e vinda ao trabalho, o teletrabalho ou trabalho móvel.
Vale lembrar que no que se refere às grandes cidades um dos grades problemas é o trânsito congestionado pela quantidade virtualmente incontável de veículos particulares, caminhões, ônibus, motocicletas - e a consequente emissão de gases poluentes na atmosfera, responsáveis por boa parte das coenças respiratórias da população.
Se pelo menos 30% dos trabalhadores ditos "administrativos" ou que executam atividades que não necessitam da presença física dentro da empresa pudessem trabalhart a partir de seus próprios lares ou de outros locais próximos às suas casas, seria 30% a menos de pessoas deslocando-se diariamente por causa do trabalho e, por conseguinte, não tirando seus veículos particulares da garagem, e mesmo liberando espaço dentro dos transportes coletivos.
Isso, sem se falar nas vantagens que empresas e funcionários teriam em termos de economia, de qualidadade de vida, de produtividade, entre outras.
Por que é tão difícil as empresas e a sociedade em geral ver na própria tecnologia uma das alternativas de trabalho sustentável?
Ana Manssour
SOBRATT - Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades
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